Viver em um manicômio social é simplesmente inconcebível, mas ao mesmo tempo é extraordinário; é eufórico descobrir que o ser humano é paradoxal, que é incoerente e sábio, seguro e frágil, é emocionante perceber que o homem é complexo e ao mesmo tempo factível; que o céu e o inferno moram quase na mesma casa, que o desespero e o alívio estão muito próximos... Em nosso ser, existem tantos fantasmas emocionais que vivem em nossos porões psíquicos, que às vezes vemos problemas onde não existe, tememos as coisas mais inofensivas; o homem sempre tem algum fantasma a lhe atormentar, alguns deles são os fantasmas financeiros, sociais, mentais, existenciais, e as fragilidades do corpo...
O homem tem uma criatividade inimaginável, um raciocínio surpreendente; porem demos saltos imensos na tecnologia e na ciência, mas ainda estamos no começo da tolerância e do altruísmo; apesar do ser humano ser a criatura mais ingênua que existe nesse manicômio global, somos da mesma espécie; então não adianta ter fobias dos medíocres e egocêntricos, nossas histórias são igualmente fragmentadas, todos nós já passamos por momentos alegres, e melancólicos, só o que podemos fazer é nos interiorizar e fazer da vida uma grande peça teatral onde não existe roteiro e nem ensaio, simplesmente é tudo “ao vivo” e a cores, devemos injetar em nossas veias as mais temidas aventuras e reconhecer que todos nós, até os mais cultos, somos loucos irrecuperáveis; é essa a espécie humana, inexplicavelmente complexa...
Franklin William